Atual presidente do Sinpro-Rio, professor de História, nos ensina didaticamente o que foi o AI-5, oficializando a ditadura no Sindicato.
O movimento militar de 1964 encerrou um período de liberdade política como nunca havia existido no Brasil até então. Nos anos que se seguiram, as liberdades públicas e individuais também foram eliminadas progressivamente até que, em dezembro de 1968, o Executivo decretou o AI-5 e passou a concentrar poderes excepcionais, transformando o regime político numa ditadura, cuja fase mais violenta e repressiva estendeu-se até 1974.
http://vestibular.uol.com.br/revisao-de-disciplinas/historia-do-brasil/ai-5-oficializa-a-ditadura.jhtm
Diante da impossibilidade de uma máquina do tempo para revermos in loco o passado, o professor de História lança mão de várias experiências didáticas a fim de produzir uma aprendizagem bastante significativa. Assim, o professor de História, hoje presidente do Sindicato dos Professores, nos ensina o que foi o AI-5, Ato que passou a concentrar poderes excepcionais ao Executivo. Em assembleia, o “presidente e um conjunto de diretores” (sic) aprova poderes, alijando parte da Diretoria contrária a um conjunto de medidas arbitrárias impetradas por esse grupo. Medidas que incluem demissões de funcionários e exclusão de um coletivo de diretores se opõe explicitamente aos desmandos de sua gestão.
Em 2010, surgiu, no interior da Diretoria, um coletivo que, no exercício da luta política e sindical, resiste à ação repressora do “presidente e um conjunto de diretores” (sic) nos planos político e sindical, contrários às práticas antidemocráticas e predatórias daquele conjunto de diretores que antecipam a campanha salarial, pois estão mais preocupados em administrar sua campanha eleitoral.
No plano político-parlamentar, vários deputados e senadores perderam os seus mandatos por desferirem críticas duras e corajosas ao regime recém-instalado.
Grupos de oposição mais extremistas desistiram de combater o governo por meio de palavras e resolveram organizar movimentos guerrilheiros para tirar os militares do poder pela força das armas.
No nosso caso, um coletivo de diretores do Sinpro-Rio resolveu organizar um movimento, o Articulando Educadores, para desmascarar a falsa democracia, que existe hoje no sindicato, utilizando o poder das novas tecnologias - o blog, instrumento legitimo e particular e não o jornal e a mala-direta do Sindicato, que não tem dono, devendo atender ao interesse público, mas é usado pelo “presidente e um conjunto de diretores” estes, sim, que se apossaram do sindicato se tornando os donos da máquina, conforme estamos denunciando.
Nesta aula sobre, o AI-5 o atual presidente do Sinpro-Rio destituiu do uso das suas atribuições regimentais o tesoureiro, contratando um novo contador à revelia deste mesmo tesoureiro e prestando outras contas diferentes das feitas pelo então destituído. E - pasmem! - demitiu um profissional que trabalha para a Federação (Feteerj), na qual o presidente é membro da Diretoria. Será que o erro do profissional de contabilidade foi ter sido leal ao Sindicato durante anos como muitos do(a)s que foram demitido(a)s?
Este presidente anunciou, em reunião de Diretoria plena, que seria feita uma “intervenção” no Departamento de Comunicação, uma vez que o diretor deste departamento faz parte do movimento blogueiro que se opõe às arbitrariedades e questiona a inabilidade desses gestores que tomaram o Sindicato. Essa intervenção ainda não se consolidou, mas, com isso, o clima no departamento é tenso, pois só são autorizadas notícias que passem pelo crivo/aprovação/censura desse grupo.
O atual presidente do Sinpro-Rio chegou ao ponto de vetar um artigo do primeiro- vice que tratava do Plano Nacional de Educação (PNE), colocando outro texto - por sinal, muito importante e interessante -, produzido por um renomado educador. Nada contra. Salientamos o fato do corte! E também o fato de usar a maquina/jornal do sindicato para expressar opinião do grupo que a detém, publicando um manifesto do seu grupo contra o coletivo Articulando Educadores.
Só é permitido que circule na Comunicação o que não venha a desmascarar a falsa democracia junto à categoria. Qualquer opinião contrária é cassada. Assim, a Comunicação do Sindicato fica refém de interesses particulares do “presidente e um conjunto de diretores” (sic). Podemos verificar isso pelo número de vezes em que aparece a foto do referido presidente nas publicações da entidade.
Esta situação ocorre porque o grupo que se opõe à falta de democracia e às arbitrariedades impostas construiu um blog, instrumento particular de relacionamento com a categoria e com a sociedade para denunciar o caráter predatório e ditatorial com que o “presidente e um conjunto de diretores” dirige esta entidade.
Mais uma vez venho aqui dialogar com vocês. Primeiro que a questão do contador é mentira. O contador prestava serviços ao Sinpro e a FETEERJ. Quando o dispensamos, fizemos questão de mostrar que não se tratava de retaliação pessoal, citando inclusive sua relação com a FETEERJ. O que motivou a troca de empresa foi o fato de a empresa anterior não conseguir responder às demandas atuais da diretoria. Outra questão importante para ser esclarecida: o a diretoria do Sinpro é composta de maneira majoritária. A partir do momento que um pequeno grupo crie mecanismos de comunicação para mostrar sua insatisfação com a atual maioria, o que acho justo, não há razão para que a comunicação do sindicato não expresse o pensamento da MAIORIA da direção. Meu respeito pelos companheiros Hélcio, Élson e Oswaldo continuam intactos pois ainda não perceberam a canoa furada em que embarcaram.
ResponderExcluirDesta vez Afonso, sou obrigado a lhe responder e informar que tenho a certeza que estou do lado certo. Sua opinião de que somente a maioria da diretoria do Sinpro pode se manifestar usando a máquina de comunicação do mesmo e o dinheiro da categoria para tal é totalmente contrária a tudo que você e eu defendíamos no Sepe, quando os grupos formavam uma maioria e somente ela poderia colocar sua opinião no jornal do sindicato e tentar de forma fracassada mobilizar a categoria, tendo em vista que muitos deles, em nossa opinião, não representavam realmente o interesse da maioria da categoria, apesar de terem sido eleitos. Seu passado de minoria deve ter-lhe feito repensar o papel que as maiorias têm. Levando em conta suas atitudes e falas, observo que sua vontade é de que as minorias devem ser destruídas, pois são uma pedra no sapato daqueles que querem se consolidar, de forma inédita no Sinpro, como sendo os únicos a terem a verdade com propriedade. Sei que no passado você possuiu problemas particulares com lideranças do Sinpro e sei que isso foi utilizado pelo seu novo líder como arma para alimentar uma forma de troco. Espero que reflita, pois seu passado, pelo menos para mim está se dissolvendo como açúcar na chuva da ambição política. Estarei sempre disposto ao contraditório, pois foi assim que nos formamos nesse processo político, sendo minoria, mas sem desistir nunca da luta contra aqueles que se intitulam REIS, por conseguirem formar maiorias. Quero relembrar que em uma de nossas reuniões de plena, fato que o seu presidente, fugindo do debate, faz se tornar raro com sucessivos cancelamentos de última hora, seu segundo vice-presidente chegou a questionar se o companheiro Marcos Gomes, ELEITO DE FORMA DEMOCRÁTICA para ser o diretor da comunicação do Sinpro, não deveria ser cassado pela plena, em mais um ato da ditadura instalada no sindicato que é de professores e não de + ou - 30 pessoas. Espero que você me responda, pois só assim estarei conseguindo debater de forma aberta com alguém da maioria que aceita ser criticado, mesmo não concordando.
ResponderExcluirElson Simões de Paiva