sexta-feira, 6 de maio de 2011

'Ensino médio muda se vestibular mudar'

A aprovação de novas diretrizes para o ensino médio só representará uma mudança significativa nos currículos se os vestibulares também mudarem. A avaliação é do presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), José Augusto de Mattos, para quem a principal preocupação das instituições ao montar a grade curricular é dar condições aos alunos de ingressar nas melhores universidades.

Segundo o representante da Fenep, ainda este mês as mudanças devem ser estudadas pela entidade e em junho o sindicato paulista das escolas privadas fará reuniões nas regionais sobre possíveis mudanças. No entanto, as mudanças podem demorar. “Enquanto os vestibulares exigirem todos os conteúdos, fica difícil enfatizar uma área em detrimento de outra”, diz.

Para Mattos, “a autonomia é benvinda” para evitar a criação de novas obrigatoriedades. "Tem escola com 10, 15 disciplinas, enquanto em outros países o normal é a metade", diz. Mas ele acha que as diretrizes só vão gerar mudanças significativas se as universidades adaptarem os processos de seleção. “O Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) deveria ter este papel, mas até agora, como todos os problemas acumulados, não mostrou a que veio.”

A diretora do Colégio Albert Sabin, Gisele Magnossão, concorda. “É fato que todos os nossos alunos têm o vestibular como alvo importante e, portanto, a composição é bastante influenciada”, afirma. Para ela, no entanto, algumas instituições podem aproveitar o momento para refletir e decidir por mudanças. “Acho que a proposta de todo mundo repensar sua proposta é interessante.”

Na quarta-feira, o Conselho Nacional de Educação aprovou uma flexibilização maior da etapa. A grade horária de disciplinas e a organização em anos ou semestres poderiam ficar a cargo das escolas conforme cada projeto político pedagógico. A intenção é tornar o currículo mais atraente.
Segundo o representante da Fenep, ainda este mês as mudanças devem ser estudadas pela entidade e em junho o sindicato paulista das escolas privadas fará reuniões nas regionais sobre possíveis mudanças. No entanto, as mudanças podem demorar. “Enquanto os vestibulares exigirem todos os conteúdos, fica difícil enfatizar uma área em detrimento de outra”, diz.

Para Mattos, “a autonomia é benvinda” para evitar a criação de novas obrigatoriedades. "Tem escola com 10, 15 disciplinas, enquanto em outros países o normal é a metade", diz. Mas ele acha que as diretrizes só vão gerar mudanças significativas se as universidades adaptarem os processos de seleção. “O Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) deveria ter este papel, mas até agora, como todos os problemas acumulados, não mostrou a que veio.”
A diretora do Colégio Albert Sabin, Gisele Magnossão, concorda. “É fato que todos os nossos alunos têm o vestibular como alvo importante e, portanto, a composição é bastante influenciada”, afirma. Para ela, no entanto, algumas instituições podem aproveitar o momento para refletir e decidir por mudanças. “Acho que a proposta de todo mundo repensar sua proposta é interessante.”

'Sempre fizemos assim'

O diretor-presidente do Colégio Bandeirantes e integrante do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, Mauro Aguiar, diz que a autonomia é prevista na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996. “O problema é que o governo federal, irresponsavelmente, acrescentou outras obrigatoriedades e isso foi se perdendo”, reclama.

Segundo ele, o conselho paulista esclareceu que novos conteúdos não precisam ser incluídos como disciplinas, mas as escolas públicas acabaram aderindo. “Entre as particulares, muitas já fazem currículos diferenciados”, defende. Entre elas, está o Bandeirantes que tem três opções de currículo de ensino médio após um 1º ano comum: biológicas, exatas e humanas. Fonte: Portal IG, em 05/05/2011

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