Os
profissionais da Rede Pública do município do Rio,
estão em greve há aproximadamente 50 dias. Iniciada no dia 8 de agosto
de 2013, até o momento teve pequenos intervalos de recuos, quando os
profissionais da educação deram uma demonstração de paciência aos
poderosos da educação.Os
profissionais da Educação estão em GREVE por melhores condições de
trabalho e
na busca da qualidade de ensino para nossos filhos (as)e os filhos (as)
da
classe trabalhadora, construindo a reestruturação da carreira.
Esta greve é justa e legitima, pois busca por meio da
luta pública e aberta, de todos os profissionais da educação, as MELHORIAS DAS
CONDIÇÕES DA EDUCAÇÃO NA NOSSA CIDADE. E,
como sabemos, quando estão em greve ,
educam ,pois a greve é um ato político e pedagógico.
A qualidade na
educação perpassa como acreditam e querem os educadores, pela existência de um
plano de cargos, carreira e remuneração construídos pelos educadores e
negociado com o governo. Mas este governo que aí está desrespeitou as
negociações.
A qualidade da educação perpassa também pelas melhorias
das condições de trabalho, tanto para os professores (as) quanto para todos os
profissionais da educação na escola (inspetores, secretário escolar, agentes
auxiliares de creche, professores, zeladores, pessoal administrativo, merendeiras,etc),
pois todos são educadoras (es).
Poderíamos elencar
vários pontos que dizem respeito a esta qualidade na educação. No entanto o que
neste momento nos interessa é nossa
manifestação em relação ao momento pelo qual passa a luta dos educadores.
E o momento é de um processo de agudização das formas de luta.
Além da greve com adesão unânime, precisou que os profissionais ocupassem a
Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro para mostrar o desejo de negociar com o
governo, palco para onde foi transferido o desfecho da luta e onde foram violentamente atacados , pela PM, de forma
arbitrária,quando entrou na Câmara neste sábado, sem mandado judicial,sem
nenhum documento, após as 18
hs,quebrando cadeados e rasgando a CF, usando violência para com os profissionais que lá
estavam.
Os profissionais da educação resistem a este ataque
brutal do Prefeito da cidade quando, traindo os diálogos que havia construído com o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais
da Educação), apresenta um plano de cargos e remuneração que modificaram
totalmente a situação dos profissionais da educação, fazendo uma minirreforma
administrativa na educação, a contragosto
de todos.
Aliás, poderíamos até dizer popularmente que o plano
apresentado pelo prefeito, no último dia do prazo combinado com a categoria,
após período de negociação, EXTERMINA vários cargos na área da educação.
Esse plano enviado pelo Prefeito, mesmo com a inclusão de 29 emendas, não atende os interesses
históricos e as necessidades dos trabalhadores na educação. As emendas
proposta, podemos afirmar, com poucas exceções, pioram este plano,
transformando-o em um plano “Frankstein”.
Enquanto Setorial de Educação do PT RJ afirmamos e
reiteramos ao Prefeito e sua base aliada na Câmara de Vereadores: este plano
não unifica o conjunto da carreira do magistério, não avança na direção das reivindicações
dos profissionais (após tantas negociações) e acaba literalmente com a
existência de vários cargos dos profissionais da educação como os PI e PII, ao criar
novos cargos como PEI e PEF, e colocam em uma situação de exclusão do plano a
maioria dos profissionais da Educação.
Este plano leva a perdas!! Não diz respeito à rede
escolar da cidade do Rio. Parece um plano para outro Estado e “outro estado de
coisa”. Parece um plano construído por concepções estranhas à nossa rede
escolar. Afinal, perguntamos: de onde vem este plano? Um plano que ignora toda
a tradição de nossa rede escolar!!!
Como pode um PCCR não contemplar em seus artigos, 93% dos
profissionais na educação? Como pode afirmar que agora só existirão professores
de 40 horas, colocando como obrigatório que todos migrem e se não o fizerem
ficarão numa espécie de limbo?Como pode jogar fora, de imediato, as carreiras
de 16 horas e 22,5 horas semanais?
Ora,
se a reforma imposta é para construir uma rede
escolar que funcione em tempo integral, que esta perspectiva considere
as
cargas horárias dos profissionais atuais e, à medida que novos concursos
venham
a ocorrer, que sejam pensados nessa lógica. Daí afirmamos: se não há
possibilidades de fazer um arranjo com este plano apresentado,
se não é possível construir consensos
(pois o Prefeito parece estar radicalizado suas
ações), que os Vereadores da base aliada ao Prefeito rejeitem esta
proposta ou que o prefeito retire a proposta em tramitação na Câmara.
Se não retirar a proposta, só restará aos profissionais
caminhar na direção de aprofundar a luta
sangrenta, em prol de seus direitos conquistados.
Se não retirar a proposta perde a educação,perdem os estudantes, perde a
sociedade.
Pelo retorno da negociação - Pela retirada do Plano
exterminador dos cargos.
Lutemos até a vitória, profissionais da Educação!
MANTER
A GREVE E TODOS À LUTA.
SE
NA TERÇA FEIRA NÃO FOR RETIRADO O PROJETO, VAMOS CONSTRUIR NOVAS FORMAS DE LUTA
EDUCAÇÃO
EM GREVE! PREFEITO E SECRETÁRIA, A CULPA É DE VOCÊS!
Coordenação do Setorial de Educação do PT-RJ
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