O Ministério da Educação (MEC) instaurou processo administrativo contra a
Universidade Gama Filho e o Centro Universitário da Cidade
(UniverCidade), ambos mantidas pela Galileo Administração de Recursos
Educacionais. A portaria com a decisão está publicada na edição de hoje
(13) do Diário Oficial da União. De acordo com o documento, a medida foi
tomada "diante das irregularidades na gestão administrativa e
acadêmica".
Até que o processo administrativo seja concluído, as instituições não
poderão abrir novos cursos, ampliar o número de vagas existentes ou
receber novos alunos por meio de vestibular, outros processos seletivos
ou transferências. A portaria define, ainda, a aplicação de medida
cautelar administrativa de suspensão de novos contratos de Financiamento
Estudantil (Fies) e de participação em processo seletivo para oferta de
bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni), além de restrição
de participação no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (Pronatec).
O MEC também determinou que prazo de 15 dias para que a Galileo
apresente informações sobre a quantidade de alunos matriculados por
semestre nos cursos de graduação e pós-graduação. A mantenedora poderá
apresentar recurso contra as medidas cautelares aplicadas em até 30 dias
e apresentar defesa em relação ao processo administrativo em 15 dias.
Por causa de problemas financeiros, que acarretaram, por exemplo, a
falta de pagamento dos professores, a Universidade Gama Filho, na zona
norte do Rio, foi alvo de protesto de estudantes, que chegaram a acampar
na reitoria da instituição em julho. Eles cobravam transparência do
setor financeiro e intervenção do ministério. Professores também fizeram
greve por atraso nos pagamentos dos salários.
Em agosto, o MEC já havia aplicado medida cautelar determinando a
suspensão do vestibular para admissão de novos alunos e a transferência
de estudantes da graduação e da pós-graduação em relação às duas
instituições, que voltou a ser autorizado em outubro, a partir do
pagamento dos salários dos professores e funcionários e foi retomada a
normalidade acadêmica. Para garantir melhorias na gestão administrativa e
acadêmica da Gama Filho e da UniverCidade, o MEC impôs uma série de
ações específicas que deveriam ser cumpridas por elas, entre as quais o
aporte de recursos e o fortalecimento dos conselhos deliberativos
internos.
As ações integram o Termo de Saneamento de Deficiência (TSD), firmado
pela mantenedora com a ministério. De acordo com a pasta, os salários de
professores e funcionários referentes aos meses de outubro e novembro
deixaram de ser pagos, levando à instauração do processo administrativo,
conforme previsto no próprio termo.
Fonte: Agência Brasil, em 13/12/2013.
Pois é, mas tenho muitos colegas que ganharam titulação necessária para concursos públicos trabalhando nessas instituições,e depois, lógico, foram aprovados em vagas de professores adjuntos...estamos falando de "democratização do ensino superior".
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