O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o Plano Nacional de Educação (PNE) será enviado ao Congresso Nacional na quarta-feira, dia 15
Lula tratou do Plano Nacional de Educação (PNE) no programa semanal "Café com o Presidente", nesta segunda-feira, dia 13. "Estaremos deixando público o compromisso do governo brasileiro até 2020", disse Lula. O ministro da Educação, Fernando Haddad, participou do programa.
Entidades da área educacional já haviam pedido urgência na divulgação do texto. Uma carta foi enviada ao Ministério da Educação (MEC) e à Presidência da República para que o projeto fosse encaminhado ao Congresso Nacional antes do recesso parlamentar, que deve começar nesta semana, logo que for votado o Orçamento de 2011. O atual PNE vigora até 31 de dezembro.
Lula lembrou que o novo PNE não deve ser visto como um programa de governo, uma vez que tem a duração de dez anos. "O que é importante é que as metas são ambiciosas", disse, ao citar a previsão de chegar a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) investidos em educação até 2020.
"[A qualidade da educação] é um desafio para a futura presidenta do Brasil, a companheira Dilma Rousseff. É um desafio para quem for escolhido por ela para ser ministro da Educação", afirmou.
Lula destacou os investimentos em educação superior feitos nos últimos oito anos, mas avaliou que é preciso, a partir de agora, "mais ousadia" no ensino fundamental.
Valorização do professor
Em sua participação no programa de rádio ao lado do presidente Lula, Haddad afirmou que a valorização do professor será o eixo central do novo PNE. Segundo o ministro da Educação, o texto terá metas para cada etapa da educação, desde a infantil até a profissional. Mas, segundo ele, a próxima década precisa ser do professor.
"O professor brasileiro ainda ganha, em média, 60% do que ganham os demais profissionais de nível superior, e nós queremos encurtar essa distância para que a carreira do magistério não perca talentos para as demais profissões", disse.
O ministro lembrou que, na semana passada, dados do Programa Internacional de Avaliação Estudantil (Pisa) indicaram que o Brasil foi o terceiro país avaliado que mais evoluiu na qualidade da educação - ficando atrás de Luxemburgo e do Chile.
Para Haddad, o estudo demonstra que a educação brasileira está "no rumo certo", crescendo em quantidade, mas também em qualidade. "Agora, trata-se de acelerar o passo", concluiu. Fonte: Jornal da SBPC Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - com informações da Agência Brasil.
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