Aprovado o acordo salarial da Educação Básica
Em assembleia com 92 docentes (dos quais, 40 eram diretores) encerrou-se a mais desmobilizada campanha salarial em 80 anos de Sinpro-Rio. Recheada de relatos mentirosos, o presidente do Sindicato e seus fiéis seguidores defenderam a assinatura do acordo que fizeram com os patrões (proposta enviada para as assembleias das duas categorias). Chamamos a atenção das professoras e professores para as mentiras que, a partir daqui serão veiculadas pela propaganda oficial do presidente.
O companheiro Oswaldo Teles, membro da Diretoria e do Articulando Educadores, falando em nome dos demais, demonstrou, em sua intervenção, que a categoria já enxergou o erro do Sindicato ao antecipar as negociações sem a sua autorização, alijando-a do processo. Não houve antecipação de campanha e sim seis negociações nos meses de outubro, novembro e dezembro, sem que a categoria tivesse conhecimento. E o que é pior: a primeira assembleia (Assembleia de Natal) realizou-se no dia 15 de dezembro. Foi uma campanha salarial “sem categoria”.
Uma vergonha para todos, justamente nos 80 anos do Sinpro-Rio.
A proposta aprovada
Manutenção das cláusulas sociais - em nenhum momento das negociações os patrões propuseram alterações, portanto não se configurou nenhuma conquista.
Reajuste a partir de 1º de abril de uma única vez - na paritária, o atual presidente do Sinpro-Rio apressou-se em aceitar: 6,75%.
Entenda a proposta aprovada: INPC + 7% do INPC ou seja 6,31% + 7% de 6,31% ou seja 6,31% + 0,44% = 6,75%
Conclusão: o ganho real foi de 0,4%
Com o reajuste de 6,75%, o salário-aula da Educação Infantil ao 5º ano do Fundamental passará de R$ 8,16 para R$ 8,71.
Em uma pretensa campanha salarial, conseguiram um reajuste de 55 centavos (R$ 0,55) por aula.
Fazer discurso radical é fácil não é? Mas, na prática, a coisa é outra.
E é só isso!!!
E os aumentos maiores no piso? E as cláusulas de saúde do professor? E as cláusulas regulando a Educação a Distância (EAD)? E as promessas que vivem apregoando na busca incessante de promoção pessoal?
A saída que o atual presidente prega (paritárias qualificadas a partir de setembro) tem o mesmo vício de origem das anteriores, pois materializa a seguinte concepção:negociar com os patrões, sem a participação de pressão da categoria.
E Quêdo ainda cita, sistematicamente, em seus discursos, como o fez nessa assembleia coisas do seguinte tipo: “é preciso reeducar a categoria” (a culpa é dela?).“Naturalizaram as negociações nos últimos 10 anos. A coisa mudou nos últimos 3 anos.” Como ele desapareceu do Sinpro-Rio por mais de 10 anos e nada conquistou para a categoria nos últimos 3, tenta então jogar nos outros, que lutaram durante este tempo, a culpa da sua incompetência política.
As professoras e professores que compõem o movimento Articulando Educadores convocam a(o)s colegas a divulgarem e ficar atentos, pois o atual presidente já está em campanha eleitoral (devia ser salarial) desde outubro de 2010.
Não se deixe envolver, pois seu nome será alvo de manipulações políticas.
Divulgue nosso blog, pois assim você estará colaborando para as lutas da nossa categoria e preservação do patrimônio histórico e político do Sinpro-Rio.
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