Ícone do combate ao racismo no país, o ex-senador Abdias Nascimento nasceu em 1914, em São Paulo. Desenvolveu vasta produção intelectual e participou dos primeiros congressos de negros no país. Já no Rio de Janeiro, criou o Teatro Experimental do Negro (TEN) na década de 1940. Como jornalista, foi repórter do Jornal Diário, além de ter trabalhado em vários periódicos. Fundou o Jornal Quilombo.
Pressionado pela ditadura que derrubou o presidente João Goulart do poder, exilou-se nos Estados Unidos onde permaneceu durante 13 anos. De volta ao Brasil, voltou a participar intensamente da vida política nacional e ocupou os cargos de deputado federal e senador. Era professor emérito da Universidade de Nova York e Doutor Honoris Causa por várias instituições de ensino superior, entre elas, a Universidade de Brasília e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Fonte: site do SJPMRJ.
DIAS DE KIZOMBA
Ab(dias) de lutas e não dias de luto.
Um homem como Abdias,
estrela incandescente,
não morre.
A sua luz
cor negra zagaia
feriu a branca inconsciência
de uma democracia racial
nula e vil.
Um homem como Abdias,
estrela Nascimento,
Zumbi eternizado,
não morre.
A sua luta
ziguezagueia
d'África à diáspora
espalhando sementes baobás
em cada uma/um de nós.
Conceição Evaristo
Maio de 2011
DIAS DE KIZOMBA
Ab(dias) de lutas e não dias de luto.
Um homem como Abdias,
estrela incandescente,
não morre.
A sua luz
cor negra zagaia
feriu a branca inconsciência
de uma democracia racial
nula e vil.
Um homem como Abdias,
estrela Nascimento,
Zumbi eternizado,
não morre.
A sua luta
ziguezagueia
d'África à diáspora
espalhando sementes baobás
em cada uma/um de nós.
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