sexta-feira, 24 de junho de 2011

Onde o Departamento Jurídico do Sinpro-Rio não pode errar

           Sei que a afirmativa “não poder errar” é muito forte, pois todos somos passíveis de algumas falhas no decorrer de nossas vidas. Porém, quando se trata do momento em que o professor fica mais frágil, principalmente num processo de demissão, essa afirmativa, para o sindicato, tem que ser um lema, tendo em vista que o seu departamento jurídico não pode falhar na atuação com os filiados.

Na atual gestão, nosso departamento jurídico está sob a coordenação de um professor que adora ser chamado de “doutor”, mas que, pelo que se sabe, não possui doutorado; que para atender a categoria exige hora marcada, mas que para atender os donos de escola está sempre disposto ao diálogo.

 Quantos professores já não passaram por problemas no departamento jurídico sob a atual gestão ou, pelo menos, souberam de situações negativas vividas por companheiros? Posso citar algumas frequentes: professores que se veem sem advogados em suas audiências, professores que nem ao menos ficam sabendo de suas audiências e que, para ter qualquer informação, ficam sujeitos a falar apenas com estagiários que, por mais prestativos que sejam, não podem dar uma informação melhor que o próprio advogado do caso. Existem processos que estão sem solução desde 2003, 2004, 2005... Sei que a justiça é lenta, mas será que os professores não poderiam ter informações espontâneas do Jurídico, mesmo que fossem semestrais, por exemplo? Sou de um tempo em que o Departamento Jurídico do Sinpro enviava correspondência para nossa casa com o aviso, datilografado, do dia de nossa audiência; e isso antes de chegar o aviso oficial do TRT. Hoje, com toda a informatização, não podemos aceitar que esse setor tão importante do sindicato seja cada vez mais lento e emperrado.

Agilidade na informação, transparência nos encaminhamentos de ação coletiva, rigidez e intransigência na defesa dos professores, sem acordos desastrosos com o patronato, são pontos cruciais para o bom funcionamento do setor mais exigido de nosso sindicato. No entanto, ultimamente, este setor tem deixado o professor na mão.

Que pena que estejamos entregues a isso! Hoje, devemos nos posicionar, de forma contundente, contra essa forma de gestão do Jurídico do Sinpro-Rio e lutar por uma administração mais democrática e transparente.  Por essas e outras é que nós, do Articulando Educadores, conclamamos toda a categoria a refletir sobre esses fatos, que não podem mais ocorrer. Só quem sofreu na carne o descaso do Jurídico pode lutar melhor para mudá-lo.

Tenho a certeza de que podemos resgatar esses princípios do nosso sindicato, onde o professor é que deve ser a prioridade, e não a mídia e a política pessoal e partidária. O Sinpro-Rio não é de todos os amigos, e sim somente dos professores unidos para a luta.



Elson Paiva
 

2 comentários:

  1. Não de hoje que essa gestão vem demonstrado pouco caso com a situação juridicas de seus asssociados. PROFESORES DA APAE-RIO estão sem nenhuma orientação juridica do sinpro-rio com relação as paralização que seus professores vem fazendo nesses mês.

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  2. O Prof. Rogerio da Castelo teve uma audiência hoje(5/7/11) referente ao processo de rescisão indireta movido contra a instituição. A Castelo fez uma proposta de valor mas, pasmem, o advogado do Sinpro não levou os valores da indenização que o professor deveria receber. Conclusão : nada acertado, nova audiência marcada para outubro. É uma piada de mau gosto esse sindicato para todos... Frederico Tavares

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