Uma comitiva do SEPE –
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ – foi recebida nesta
quarta-feira, 11, pelo secretário de relações de trabalho, Manoel Messias, na
sede do Ministério do Trabalho, com a presença de Marta Vanelli, secretária
geral da CNTE, que intermediou a reunião, Marilda de Araújo, secretária de
organização da entidade e também Gesa Linhares Correa e Elson Simões de Paiva,
diretores do SEPE.
O objetivo do encontro foi
buscar uma solução para a retomada do registro sindical do SEPE, perdida após
ser questionada na justiça pela UPPES – União dos Professores Públicos do RJ -
que iniciou uma batalha jurídica pela questão.
"A direção da CNTE foi
procurada para ajudar a resolver o problema e, no fim de agosto, estive na sede
do SEPE no Rio de Janeiro para ficar a par da situação deles, quando
solicitamos essa audiência com o secretário Messias. Além de definir
encaminhamentos para a disputa jurídica pela retomada do registro, o secretário
reafirmou diversas vezes que, para ele, o SEPE é, politicamente, o legítimo
representante dos trabalhadores em educação do RJ", afirma Marta.
Para Elson Simões, o apoio da
CNTE foi muito importante pelo peso político que a instituição carrega.
"Além do apoio político, que dá ainda mais legitimidade nesta luta, o
auxílio do departamento jurídico da CNTE, que está trabalhando em conjunto com
nossos advogados, também fortalece a possiblidade de conseguirmos uma solução
mais rápida para o impasse".
Segundo Gesa Linhares, esta
reunião foi mais produtiva que as anteriores. "Pudemos esclarecer todos os
pontos em mais de 1 hora de reunião. A audiência foi muito boa, nos dando
caminhos novos para a questão. É a terceira audiência que eu vou com o Messias
e nesta ele dedicou um pouco mais de tempo para tirarmos todas as dúvidas
possíveis", afirmou Gesa.
Histórico
Fundado em 1977, a Sociedade
Estadual dos Professores (Sep) se fundiu em 1979 com a União dos Professores do
Rio de Janeiro (Uperj) e com a Associação dos Professores do Estado do Rio de
Janeiro (Aperj), criando o Cep - Centro de Professores do Rio de Janeiro. Em
1988, durante a Primeira Conferência de Educação, a entidade foi alterada para
SEPE conforme a designação que carrega até hoje, referendada no IV Congresso,
em 1989.
Elson Simões explica que o
Ministério do Trabalho pode julgar improcedente o requerimento da UPPES,
eliminado o processo judicial. "A UPPES tenta se legitimar como
representante da rede estadual, só que eles não querem nem representar
merendeiro, faxineiro, eles querem representar só professores e especialistas.
A UPPES nunca se posicionou como verdadeira entidade de defesa do trabalhador.
Não chamam a categoria para assembleias, para eleições, não abrem suas portas
para saber o que tem lá dentro", questiona Elson.
Gesa lembra também que, na
reunião, o SEPE descobriu que o estatuto da UPPES tem uma formulação
diferenciada do adequado de acordo com o registro sindical e irá questionar
isso na justiça.
Mesmo após a desfiliação do
SEPE à CNTE, ocorrida em 2008, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Educação apoia a retomada do registro do sindicato e reconhece legitimamente o
SEPE como representante dos trabalhadores em educação do Rio de Janeiro.
FONTE: CNTE
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