Pais estão delegando demais às escolas e professores a responsabilidade
sobre o uso seguro da Internet. Essa é a impres são de 82% dos
professores ouvidos em uma pesquisa global realizada pela AVG
Technologies, fabricante de softwares de segurança para computadores e
dispositivos móveis utilizados por 187 milhões de usuários. A pesquisa
evidenciou a necessidade de debater as responsabilidades sobre a
orientação e educação de crianças e jovens para um uso responsável e
seguro da Internet e de aparelhos digitais, já que 38% dos pesquisados
também afirmaram acreditar que os pais também não sabem o suficiente
sobre o assunto para orientar seus filhos.
A pesquisa ouviu quase 1.800 professores em nove países - entre eles o
Brasil - e indicou uma necessidade global de suporte e treinamentos para
que educadores estejam preparados para ensinar e orientar sobre
segurança digital e online. 64% dos respondentes concordam que as
escolas deveriam oferecer melhores treinamentos sobre o uso da Internet
como ferramenta educacional, e 77% acreditam que Segurança na Internet
deveria ser uma disciplina presente nos currículos escolares.
Esses dados ressaltam a lacuna entre os conhecimentos e habilidades dos
professores e as expectativas de ensino dos pais. Apesar disso, 92% dos
professores confirmaram usar conteúdos retirados da Internet em sala de
aula e 69% já debateram a segurança com seus alunos, mesmo que
pontualmente, apesar de apenas 28% afirmarem ter passado por um
treinamento formal sobre o assunto.
"Os professores de hoje não só usam a Internet diariamente em suas
aulas, mas estão tendo que lidar constantemente com as questões que ela
gera, como ciberbullying e acesso a conteúdos inadequados, muitas vezes
sem nenhum treinamento apropriado para isso", afirma Tony Anscombe,
Evangelista de Segurança Sênior da AVG Technologies. "Devido ao intenso
uso da Internet hoje como ferramenta educacional, muitas escolas criaram
manuais para lidar com as principais questões e problemas trazidos pelo
uso da tecnologia, mas o problema é que a maior parte dos professores
não recebeu um treinamento formal sobre segurança online, e só os guias
não são o suficiente. Infelizmente, no Brasil a falta de treinamento é
ainda maior, e quando um aluno procura um professor para relatar
problemas como ciberbullying, por exemplo, fica claro que esse
professore precisaria de mais informação e apoio das esco las", explica
Mariano Sumrell, diretor de Marketing da AVG Brasil.
A AVG irá apresentar mais dados dessa pesquisa durante o Child Internet
Safety Summit, que acontecerá nesse mês de julho em Londres. Nesse
evento também acontecerá o lançamento do Segundo livro da série de
e-books educacionais interativos Magda & Mo. Os livros são parte do
esforço da AVG para fornecer ferramentas educacionais úteis para que
famílias e educadores ao redor do globo possam ensinar crianças a tomar
decisões seguras online.
Principais dados da pesquisa e sobre a realidade dos professores brasileiros:
72% dos professores disseram que suas escolas possuem aulas de TI ou informática;
Conteúdos retirados da Internet são utilizados por 92% dos professores em suas aulas;
89% dos professores brasileiros acham que os pais delegam demais a eles a responsabilidade de ensinar sobre segurança online;
Confiscar aparelhos é prática comum entre os professores e 38% afirmaram
fazê-lo - o maior índice é o brasileiro (53%), e o menor é o francês
(27%);
A maior causa de confisco de aparelhos é o uso inapropriado (63% das
respostas). No Brasil, 74% dos professores responderam que retiram o
aparelho do aluno quando descobrem que estão sendo utilizados para
acessar conteúdos inapropriados;
11% nunca falaram sobre uso seguro da Internet em sala de aula;
A maior parte dos professores (65%), em todos os países, disseram que as
escolas deveriam oferecer melhores cursos e treinamentos sobre o uso
seguro da Internet - o maior índice foi o brasileiro com 78%;
A maior parte dos pesquisados acredita que aos 14 anos os alunos já sabem mais sobre Tecnologia do que eles;
Apenas 11% não acreditam que os alunos sabem mais que eles;
No Brasil, apenas 22% dos professores nunca foram procurados por alunos com dúvidas ou problemas em relação ao uso da Internet;
Dos que foram solicitados pelos alunos, 25% foram perguntados sobre cyberbullying e 21% sobre conteúdos inapropriados;
Ações legais sobre o uso de Tecnologia no ambiente escolar parecem ser bastante comuns no Brasil;
38% dos professores acham que os pais não sabem o suficiente para orientar seus filhos -51% no Brasil;
Apenas 21% já foram procurados por pais pedindo conselhos e orientações sobre a segurança online de seus filhos - 53% no Brasil;
Dos que foram procurados por pais de alunos 62% foram questionados sobre
tempo de permanência online, 47% foram acionados porque os pais queriam
saber quais sites os filhos estavam acessando, 46% porque os pais
queriam saber sobre configurações de segurança de aparelhos e softwares;
31% dos casos são tratados após incidentes específicos com outros alunos da escola e 31% após algum incidente online;
Apenas 11% dos pais tratam do assunto pró-ativamente (18% no Brasil);
31% tiveram oportunidade de orientar sobre segurança online em reuniões de pais e mestres. No Brasil o número chegou a 50%.
Metodologia
A AVG encomendou uma pesquisa online que entrevistou professores de
diversas matérias, que lidam com alunos entre 3 e 18 anos, para
identificar os níveis de treinamento em segurança e perigos da internet
nos seguintes mercados: Austrália, Brasil, Canadá, República Tcheca,
França, Alemanha, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos. Um total
de 1.760 professores respondeu a série de perguntas de cerca de 10
minutos durante o mês de junho. A empresa de pesquisas Research Now
realizou o trabalho de campo utilizando seus painéis de usuários
cadastrados.
Fonte: AGV - Trama Comunicação - (11) 5080-9100/ (11) 99270-4238 - www.tramacomunicacao.com.br
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