A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)
vai lançar dois editais para incentivar a pesquisa histórica: um sobre
biografias de personagens e outro sobre conflitos históricos. Os
editais serão para pesquisadores de pós-graduações recomendadas pela
Capes e os projetos começarão a ser financiados no ano que vem.
O edital sobre biografias será voltado a pesquisas sobre pessoas ou
grupos que tenham influenciado a história do Brasil republicano, a
partir de 1889. Esse edital é voltado para todas as áreas do
conhecimento, tanto para pesquisadores individuais quanto para grupos de
pesquisa.
O edital sobre conflitos históricos vai incentivar a produção de livros
que enfoquem revoltas, rebeliões populares, lutas armadas, manifestações
populares, entre outros conflitos, também a partir de 1889. O edital
será para grupos de pesquisa das áreas de ciências humanas e sociais,
como antropologia, artes, ciências políticas, ciências sociais
aplicadas, educação, história, literatura e linguística e sociologia. Os
grupos deverão envolver mais de uma instituição de diferentes regiões
brasileiras.
Os projetos selecionados pelos dois editais poderão financiar, com
recursos da Capes, bolsas de iniciação científica e mestrado no valor de
R$ 1,5 mil, e de pós-doutorado, com R$ 4,1 mil mensais, além de
passagens aéreas e diárias para missões de pesquisa no Brasil e despesas
com material bibliográfico, entre outras.
Os editais serão lançados em um contexto de ajuste fiscal. Pelo
Facebook, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, esclareceu que
os desembolsos com os editais serão feitos a partir do primeiro semestre
de 2016.
Este ano, somente a educação teve corte de R$ 9,4 bilhões, e a Capes foi
uma das instituições atingidas pelo contingenciamento. Em nota
publicada no final da semana passada, a Capes diz que o repasse para os
programas de pós-graduação será de 90% do previsto para 2015, o que
totaliza R$ 1,65 bilhão.
Também pelo Facebook, Janine disse que apesar do corte, o número de
bolsas será mantido. Segundo ele, "os programas continuarão a poder
atender novos alunos e a dar-lhes bolsas. Onde está ocorrendo redução é
no custeio, e é bom lembrar que toda universidade tem seu orçamento
próprio, de modo que a Capes não é a fonte única para seu custeio".
Janine ressalta ainda que "se a situação não é ideal, nem por isso se justifica pânico ou alarme".
Fonte: Agência Brasil, em 13/7/2015.
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