A pobreza mundial pode cair pela metade se todos os adultos terminarem o
ensino secundário, afirma a Organização das Nações Unidas para
Educação, Ciência e Cultura (Unesco), com base no recém-lançado estudo
Reduzindo a pobreza global através das educações primária e secundária.
Apesar
dessa constatação, novos dados do Instituto de Estatística da agência
da ONU mostram altas taxas de jovens fora da escola em muitos países.
Isso significa que os níveis de graduação secundária continuarão abaixo
das metas para as próximas gerações. A informação é da ONU News.
No
próximo mês o Conselho Econômico e Social da ONU realiza na sede das
Nações Unidas, em Nova York. um Fórum Político de Alto Nível que terá
como foco a erradicação da pobreza. Nesse sentido, o documento da Unesco
demonstra a importância de se reconhecer a educação como "a alavanca
central" para acabar com a pobreza em todas as suas formas e em todos os
lugares.
Brasil propõe novo sistema de avaliação para educação básica no Mercosul.
A
chefe da Unesco, Irina Bokova, disse que a nova análise divulgada pela
agência deve ser vista como uma boa notícia para os que trabalham para
erradicar a pobreza até 2030, seguindo os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODSs) das Nações Unidas.
Ela afirmou que a
comunidade internacional tem agora um plano concreto para garantir que
as pessoas não tenham que viver com apenas alguns dólares por dia.
Segundo ela, esse plano privilegia a educação em primeiro lugar.
A
Unesco afirma que 60 milhões de pessoas podem escapar da pobreza se
todos os adultos tiverem dois anos de ensino secundário e, no caso de
uma graduação, esse número sobre para 420 milhões fora da pobreza.
O
documento revela ainda que 9% das crianças no mundo não têm acesso ao
ensino primário e esse índice aumenta nos níveis educacionais mais
altos. No total, 267 milhões de crianças, adolescentes e jovens estavam
fora das escolas em 2015.
Dos 61 milhões de crianças que não
frequentam uma sala de aula no ensino primário, a agência da ONU alerta
que quase 30% nunca pisarão numa escola. As meninas são as que mais
sofrem com essa situação nos países pobres. Nas nações de baixa renda,
mais de 11 milhões de meninas em idade escolar primária estão fora dos
colégios em comparação a 9 milhões de meninos.
A boa notícia é
que as meninas que conseguem começar a estudar tendem a finalizar o
ensino primário e a buscar o ensino secundário.
Fonte: Agência Brasil, em 23/06/2017.
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