segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Taxa de inadimplência no ensino superior ficou em 8,67% no início de 2022

Pesquisa do Instituto Semesp aponta que recuo de 1,5% no país está aliado à redução da base de alunos e à queda do valor praticado em cursos presenciais de 18,92% e de 1,04% em cursos EAD.

De acordo com a 14ª edição da Pesquisa de Inadimplência no Ensino Superior Privado (confira a íntegra no anexo), realizada pelo Instituto Semesp, centro de inteligência analítica criado pelo Semesp, com base em uma amostra de 357 instituições de ensino superior, após um aumento significativo da taxa de inadimplência em 2020, influenciado pela pandemia de Covid-19 no cenário político-econômico brasileiro, como o crescimento do número de desempregados, redução da renda dos trabalhadores, dificuldades de acesso ao crédito estudantil, além das incertezas sobre o retorno das aulas presenciais, o volume de créditos não recebidos de alunos de graduação apresentou queda em 2021 e no primeiro trimestre de 2022.

As mensalidades em atraso nos cursos presenciais apresentaram queda de 11,1% no 1º trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Nos cursos EAD, após uma queda de 8,2% em 2021, a taxa de inadimplência voltou a subir 8,0% no 1º trimestre de 2022. Dessa forma, o total da taxa de inadimplência no ensino superior privado ficou em 8,67% em 2022 (1º trimestre), valor 1,5% menor que no ano anterior.

Para o economista Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior no Brasil, a inadimplência dos alunos em cursos presenciais caiu em 2021 e no primeiro trimestre de 2022 por conta da volta das atividades presenciais, a partir do segundo semestre de 2021. Segundo Capelato, a taxa de inadimplência voltou a patamares semelhantes ao início da crise econômica de 2015. O diretor executivo do Semesp também apontou que esse recuo na taxa de inadimplência está aliado à redução da base de alunos, além do retorno da normalidade das atividades presenciais.

Capelato explicou que, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, o número de alunos matriculados em instituições de ensino superior privadas caiu 7,12% no ano de 2021. No primeiro trimestre de 2022, a PNAD registrou nova queda de 4,3% em relação ao primeiro trimestre de 2021. A taxa de evasão anual, medida com base no Censo da Educação Superior, chegou a 32,4% em 2020, registrando crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior.

“Enquanto a inflação em 2021, medida pelo IPCA, chegou a 10,16%, as mensalidades no ensino superior, medida pelo mesmo índice, registrou queda de -0,20%. Além disso, pesquisa sobre mensalidades escolares no estado de São Paulo, realizada no primeiro semestre de 2022 pelo Instituto Semesp registrou queda do valor praticado em cursos presenciais de 18,92% e de 1,04% em cursos EAD”, acrescentou Capelato.

Ainda de acordo com o estudo de inadimplência, enquanto as instituições de pequeno e médio portes apresentaram queda no volume de créditos não recebidos no início de 2022 (redução de 2,5% e de 5,7%, respectivamente), as grandes instituições de ensino superior registraram um crescimento considerável de 10,7% nesse percentual.

No estado de São Paulo o percentual de mensalidades não recebidas em relação às mensalidades emitidas apresentou queda tanto nos cursos presenciais (9,4%) quanto nos cursos EAD (6,9%) no primeiro trimestre de 2022. O índice geral do estado apresentou queda de 4,6%, atingindo a taxa de 8,47%.

Já o interior do estado apresentou as maiores taxas de inadimplência. Em 2022, o percentual ficou em 10,8%, enquanto na RMSP chegou a 4,67%.

O Instituto Semesp é um centro de inteligência analítica criado pelo Semesp. Integrado por especialistas com sólida experiência no levantamento e análise de dados sobre o ensino superior, o Instituto desenvolve estudos, pesquisas, indicadores e análises estatísticas referentes ao setor. Seu objetivo é disponibilizar para pesquisadores, educadores, gestores privados e públicos, jornalistas e para a sociedade em geral informações relevantes e confiáveis que lhes permitam tomar decisões, estabelecer estratégias ou formular políticas públicas, visando o desenvolvimento da educação superior. O Instituto é responsável por estudos e pesquisas divulgados anualmente pelo Semesp, como o Mapa do Ensino Superior no Brasil, a Pesquisa de Empregabilidade, a Pesquisa de Inadimplência e a Pesquisa sobre Cursos de Especialização Lato Sensu no Brasil, entre outros diagnósticos considerados essenciais para a compreensão do setor.

Sobre o Semesp

Fundado em 1979, o Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil, tem como objetivos prestar serviços de excelência e orientação especializada aos seus associados, oferecer soluções para o desenvolvimento da educação acadêmica do país. Comprometida com a inovação, a entidade mantém uma estrutura técnica especializada que realiza periodicamente uma série de estudos e pesquisas sobre temas de grande relevância para o setor e promove a interação entre mantenedoras e profissionais de educação. Realiza também eventos como o FNESP, maior Fórum de ensino superior da América Latina, o Congresso Nacional de Iniciação Científica (Conic), o Congresso de Políticas Públicas para o Ensino Superior e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo, e ainda capacita os profissionais da educação superior por meio da Universidade Corporativa Semesp.

Mais informações para a imprensa com Roseli Ramos Assessora de Comunicação do Semesp

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