A Associação das Agências de Intercâmbio (Belta) apresentou em, 04 de maio de 2016, os dados da "Pesquisa Selo Belta", a nova pesquisa de mercado que mostra como o segmento de intercâmbio se comportou em 2015.
"A
pesquisa foi elaborada a partir do cruzamento de dados de dois estudos
simultâneos: um junto a 135 agências de intercâmbio, e outro com
1.925 estudantes, tanto com os que já viveram a experiência do
intercâmbio educacional como com os que possuem interesse em realizá-lo
nos próximos meses. Esse cruzamento de dados é inédito nas pesquisas
encomendadas pela Belta", disse Maura Leão, presidente da Belta.
Os
dados mostram que os cursos de idioma continuam sendo os principais
produtos comercializados pelas agências de intercâmbio. Os programas de
ensino médio (high school), curso de férias para jovens e de idioma com
trabalho temporário completam as lista dos quatro serviços.
Houve uma mudança de cenário quanto aos destinos mais procurados. Na pesquisa divulgada pela Belta em
2013 Canadá, Estados Unidos e Reino Unido figuravam no topo dos três
destinos preferidos dos estudantes brasileiros, na "Pesquisa Selo Belta" de 2016 Canadá e Estados Unidos se mantiveram como destinos mais procurados, a Austrália pulou do 5º para o 3º lugar.
"A
pesquisa que realizamos validou o que já experimentamos no dia a dia:
Canadá como país que ocupa primeiro lugar entre os destinos por conta da
relação custo/benefício e cotação da moeda, apesar de os Estados Unidos
ainda serem o país do sonho", disse Maura Leão.
No
ranking dos dez destinos mais procurados estão: Irlanda, que se manteve
em 4º, Nova Zelândia, que passou de 7ª para 5ª, Malta, que aparece pela
primeira vez no ranking, África do Sul, que avançou duas posições e é o
8º destino, seguido de França, que caiu uma posição, e Espanha, que
passou de 6ª para o 10º destino.
"Foram
muitos os aspectos que influenciaram nas escolhas desses países: custo
de vida e moedas mais favoráveis, assim como a possibilidade de realizar
programas de estudo combinados com o trabalho legalizado", disse Maura
Leão.
A
média de permanência dos estudantes brasileiros no exterior se mantém de
um a três meses e se na pesquisa anterior a faixa etária que liderava a
busca por educação internacional era dos 18 a 30 anos, nessa é a de 22 a
24 anos, seguida pelo grupo que vai de 25 a 29 anos. Depois aparecem os
grupos de 18 a 21 anos e dos 15 aos 17 anos.
Dos
estudantes que realizaram intercâmbio, 49% informaram que a fonte
financiadora de sua viagem foi a poupança pessoal, 40,6% disseram que
foi a família que arcou com os custos. As demais porcentagens se referem
a bolsas de estudos ofertadas através de órgãos governamentais
nacionais e internacionais.
Para
os intercambistas os principais influenciadores são os amigos, seguidos
de sites especializados em viagens educacionais, feiras, família e
agências de intercâmbio. "A alta procura pelo trabalho da agência de
intercâmbio, que não deixa de ser uma consultoria especializada em
educação internacional, se deve à confiança, à facilidade de contato com
a instituição de ensino, ao atendimento personalizado, valor oferecido e
às formas de pagamento", disse Maura Leão.
A pesquisa feita com
os estudantes que realizaram intercâmbio mostrou ainda que a principal
motivação deles foi: o interesse em investir em uma formação
internacional, poder realizar o sonho de conhecer países e culturas
diferentes, aprender ou aprimorar um novo idioma, assim como ter uma
experiência de vida internacional capaz de conciliar estudo com trabalho
e turismo.
"Além
disso, o intercâmbio aparece claramente na pesquisa como uma forma de
se obter diferencial na carreira profissional para aumentar a
empregabilidade, fator esse de fundamental importância num momento de
crise como este que estamos passando", disse Maura Leão.
"Dos
tipos de intercâmbio que os futuros intercambistas disseram desejar
fazer os seis primeiros estão relacionados à carreira, são eles: curso
de idioma com trabalho temporário, curso de idioma, pós-graduação
(Mestrado, Doutorado, MBA ou Master), graduação e curso
profissionalizante", disse Maura Leão.
Metodologia da pesquisa
A "Pesquisa Selo Belta" 2016 foi executada pelo Grupo de Pesquisa Mobilidades – A vivência Acadêmica Internacional através de questionário quantitativo, aplicado de forma on-line, em nível nacional.
Nas
principais questões do instrumento de coleta foi utilizado o recurso de
construção de rankings, segundo o qual uma pontuação é dada a cada
resposta de acordo com a posição atribuída aos itens na classificação
feita pelo respondente. (Ex: 1º lugar: 20 pts; 2º lugar: 19 pts; ....;
20º lugar: 1 pt).
No questionário para as agências de intercâmbio foram selecionadas 135 empresas, sendo que 115 são agências de intercâmbio Selo Belta.
Essas empresas possuem 925 pontos de vendas e a maior concentração está
na região Sudeste, seguido do Sul, Nordeste, Centro Oeste e Norte.
Na
pesquisa realizada com os estudantes, dos 1915 respondentes, 58% são
brasileiros interessados em realizar intercâmbio e 42% foram estudantes
que já realizaram em algum momento da vida uma viagem educacional (desse
montante 19,9% disseram ter feito o intercâmbio em 2015). As maiores
concentrações dos estudantes entrevistados estão na região Sudeste,
seguido de Sul, Nordeste, Centro Oeste e Norte.
Fonte: Ascom Belta, em 4/5/2016.
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